Como flanges de alta qualidade aumentam a vida útil de um sistema industrial

Como flanges de alta qualidade aumentam a vida útil de um sistema industrial

Quando falamos de durabilidade e segurança em linhas industriais, as flanges estão entre os pontos mais críticos. 

Elas garantem a união confiável entre trechos de tubulação, válvulas e equipamentos e a qualidade desse componente impacta diretamente a estanqueidade, a resistência mecânica e a facilidade de manutenção do sistema como um todo.

Nós, da Cemil Tubos e Conexões, reunimos neste conteúdo os fatores que fazem diferença na prática e como especificar flanges para prolongar a vida útil do seu projeto.

O que são flanges e por que elas importam

As flanges são elementos de união aparafusada que permitem a montagem, inspeção e desmontagem de trechos da rede.

Quando bem especificadas, asseguram vedação estável, distribuição uniforme de esforços e manutenção previsível — reduzindo vazamentos, retrabalhos e paradas.

Tipos de flanges e quando utilizar

• Encaixe solda (socket welding – SW): favorece alinhamento em pequenos e médios diâmetros, com boa robustez.
• Sobreposto (slip-on): montagem prática e centragem facilitada; ideal quando rapidez de instalação é requisito.
• Roscado (threaded): indicado para diâmetros menores e serviços que dispensam solda, respeitando limites de pressão/temperatura.
• Liso (plate/tampa): soluções específicas para tampões e configurações de projeto.
• Pescoço para solda (welding neck – WN): pescoço cônico para solda de topo (butt-weld); ele possui melhor distribuição de tensões para alta pressão/temperatura e ciclos térmicos.
• Cego (blind): flange maciço, sem furo central, usado para fechar linha/bocal; ideal para isolamento/manutenção e testes hidrostáticos (fique atento à classe de pressão).

Materiais e tratamentos que aumentam a durabilidade

• Aço carbono com proteção: excelente custo-benefício; use pintura/revestimentos adequados em ambientes agressivos.
• Aços inoxidáveis/ligas: maior resistência à corrosão e temperatura para indústrias química, alimentícia, farmacêutica e áreas marítimas/úmidas.
• Acabamento de face: rugosidade controlada garante o desempenho da junta (espiralada, PTFE, borrachas especiais).
• Proteção anticorrosiva: zincagem e pinturas epóxi corretas estendem a vida útil, principalmente em atmosferas úmidas ou contaminadas.

Classes de pressão e dimensionamento seguro

Selecionar a classe correta (ex.: 150, 300, equivalentes DIN PN) é decisivo para evitar sobrecargas. Considere:
• Espessura da flange e padrão de furação compatíveis com pressão e temperatura de operação

• Parafusos e porcas do material e comprimento adequados, com torque especificado
• Alinhamento entre faces para prevenir tensões, empenos e microvazamentos

Veja também: Sistemas de combate a incêndios: A importância de equipamentos certificados e confiáveis

Vedação e montagem: detalhes que evitam vazamentos

• Escolha da junta compatível com fluido, temperatura e rugosidade da face
  • Aplicação de torque em cruz, por etapas, com lubrificação quando recomendada
  • Limpeza das faces antes da montagem e reaperto controlado após a primeira pressurização/aquecimento

Inspeção, manutenção e rastreabilidade

• Marcações de calor/lote, norma e material facilitam reposição e análise de falhas
  • Inspeções dimensionais e visuais (e líquidos penetrantes quando aplicável) evitam surpresas na operação
  • Planos de manutenção com verificação periódica de torque, condição da junta e corrosão de borda mantêm a estanqueidade

Como escolher a flange ideal para o seu projeto

1. Defina o serviço: fluido, vazão, pressão, temperatura, ciclo, ambiente
   
   
2. Escolha o tipo: sw, slip-on, roscado ou liso, considerando diâmetro, montagem e manutenção
   
   
3. Ajuste a classe de pressão: de acordo com o ponto mais crítico da linha
   
   
4. Selecione o material: aço carbono com proteção ou inox/ligas conforme corrosividade e temperatura
   
   
5. Combine com a junta: compatível com fluido e acabamento de face
   
   
6. Padronize normas: NBR/ASTM/API para simplificar auditoria e reposição
   
   
7. Planeje montagem e inspeção: especificando fixadores, sequência e torques

Erros comuns (e como evitar)

• Misturar padrões de furação/normas sem critério — padronize por sistema
  • Ignorar corrosão ambiental — proteja o aço carbono adequadamente
  • Acabamento de face fora de especificação — rugosidade e planicidade importam
  • Torque incorreto — excesso ou falta de carga geram vazamentos e danos à junta
  • Usar flange roscado acima do limite de pressão/temperatura — priorize solda quando necessário

Conte com a Cemil

Desde 1993, com ISO 9001 (desde 2006) e reconhecida desde 2008 como um dos principais distribuidores de conexões Tupy no Brasil, a Cemil Tubos e Conexões entrega estoque amplo, agilidade e suporte técnico especializado.

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